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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Um Homem, Um Cão e Invasores do Espaço

Luis estava sentado no sofá, despertava de um cochilo, a televisão ainda ligada
alertava que uma nave alienígena tinha sido avistada. Ele havia ouvido bem
quando a repórter disse o nome de sua cidade? Ele olhou para arma no seu colo e
o cachorro deitado no chão e disse:
- Bem amigos, acho que finalmente teremos um pouco de ação nessas bandas.
Luis sempre acompanhava as tentativas de invasão pela TV, no início houve pânico
generalizado, a Terra havia sido pega de surpresa. Milhões pereceram. Mas ao que
parece alguma coisa tinha falhado na estratégia dos alienígenas, suas baixas
foram bem maiores do que as humanas. Aos poucos o jogo foi se invertendo, a
tecnologia extraterrestre começou a ser dominada e os alienígenas foram quase
totalmente expulsos. O problema é que muitos foram deixados para trás, e de vez
em quando atacavam pequenas cidades e povoados do interior.
Quando Átila, o grande pastor alemão, começou a se inquietar Luís destravou sua
arma e apontou para a porta. O cachorro se posicionou em posição de ataque a sua
frente, lá fora um ruído como o de folhas ao vento aumentava a cada segundo e
uma luz amarelada podia ser vista pela fresta da porta. Luis não teve duvidas,
eram eles! Os invasores!
O ruído se tornou insuportável, a luz cada vez mais intensa e a porta começou a
ser forçada. De repente tudo parou. Silêncio. A luz desaparece. Luis imaginou
que eles tinham ido embora, mas foi quando Átila deu novo alarme, o cão voltou
seu olhar para o teto e rugiu. Foi o tempo necessário para Luís se virar e ver o
alienígena passar pelo telhado deixando um grande buraco atrás de si. Mas antes
que ele chegasse ao chão Luis já havia atirado, quando o invasor caiu seu corpo
já estava inerte e semi-dilacerado pelo tiro de sua escopeta calibre 12 dado a
tão curta distância.
Não houve tempo para comemorações, Átila se virou novamente para a porta que
finalmente foi arrombada e por onde duas figuras sinistras entravam.
Eram mais invasores. Criaturas assustadoras, eram quadrúpedes, mas tinham uma cauda dotada de garras que usavam como quinto membro, além disso possuíam uma mandíbula em forma de chave inglesa na cabeça, cabeça essa que podia girar 360°.
Combinando a cauda e a cabeça eles tinham um poder de manipulação maior do que a mão humana.
Luis atirou mais duas vezes, mas dessa vez não acertou nenhuma. O que deu tempo suficiente para que um dos alienígenas pulasse e tentasse agarrá-lo, tentasse,
pois mais uma vez Átila entrou em cena e cravou seus dentes na cauda do invasor
impedindo que esse saltasse. A outra criatura se lançou a frente para ajudar o
companheiro, mas de novo a escopeta cuspiu fogo estraçalhando sua cabeça.
O outro invasor conseguiu se desvencilhar do cão e estava prestes a ferir o
animal com um golpe mortal de sua cauda, porém isso não aconteceu, novamente
Luis atirou acertando-o em cheio. Agora sua casa tinha três monstros mortos e um
homem e um cão vivos. E ele ainda tinha um cartucho carregado na arma.
Luis saiu pela porta arrombada e olhou para a rua onde viu alguns de seus
vizinhos armados como ele, todos acompanhados de seus cães, muitos empilhavam
corpos sem vida de alienígenas. Não demorou muito e alguns caminhões do Exército surgiram na rua.
Luis olhou para Átila e comentou:
- É amigão, acho que hoje não teremos mais problemas. – ele voltou para dentro,
com cuidado para não pisar nos corpos dos invasores. Foi até a cozinha onde
pegou uma cerveja para ele é um grande pedaço de carne para Átila.
- Toma, você merece – o cachorro aceitou o presente sem pestanejar.
Luis olhou para o buraco no telhado e os corpos no chão, teria trabalho para
arrumar aquela bagunça, mas faria isso só no dia seguinte. Ele então recarregou
sua arma e sentou-se mais uma vez em seu sofá, na TV a repórter falava sobre
mais um ataque alienígena frustrado. Luis mudou de canal, abriu sua cerveja e
foi assistir futebol, agora só queria continuar a relaxar.

Luciano Silva Vieira

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