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domingo, 30 de janeiro de 2011

TRAVELLING

Tarde da noite recoloco a casa toda em seu lugar.
Guardo os papéis todos que sobraram.
Confirmo para mim a solidez dos cadeados.
Nunca mais te disse uma palavra.
Do alto da serra de Petrópolis,
com um chapéu de ponta e e um regador,
Elizabeth reconfirmava, “Perder
é mais fácil que se pensa”.
Rasgo os papéis todos que sobraram.
“Os seus olhos pecam, mas seu corpo
não”,
dizia o tradutor preciso, simultâneo,
e suas mãos é que tremiam. ‘É perigoso”,
ria Carolina perita no papel Kodak.
A câmera em rasante viajava.
A voz em off nas montanhas, inextinguível
fogo domado da paixão, a voz
do espelho dos meus olhos,
negando-se a todas as viagens,
e a voz rascante da velocidade,
de todas três bebi um pouco

Ana C.

3 comentários:

  1. uma dodecafonia em palavras, adorei!

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  2. gostei, olha esses que eu também sempre vejo, mas fico chateada porque os escritores cessaram,

    http://contoseroticos.weebly.com/
    http://assassinoemserie.blogspot.com/,

    ahhh anotem meu msn e add

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  3. Olá, sou nova por aqui, mas gostei ;) Deixo o endereço do meu blog, caso queira dar uma olhada. Grande abraço.
    http://anapontes-pensamentosavulsos.blogspot.com/

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