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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lolita da favela

Cheguei do trabalho, tomei um banho, fiz uma coisa qualquer para comer. Depois sai da cadeira de rodas e fiquei sentado na cama assistindo um filme. Sinceramente, nem estava prestando atenção no filme, estava sim era pensando na vida. Fui interrompido por uma batida na porta.
Merda! Pensei. Já vieram estragar meu sossego.
- Entra. – Gritei.
Quando vi quem era, respirei fundo e senti que veria chateação. Era Márcia, uma menina de uns doze ou treze anos, uma negra muito bonita, com os cabelos lisos, bem pretos, mais ou menos um metro e sessenta e cinco de altura ,seios fartos e um corpo maravilhoso, que não condizia com sua pouca idade, ela era amiga de minha irmã. Segundo os caras da rua, ela era meio piranha, gostava de dar a boceta em troca de presentes ou de dinheiro, diziam que ela era uma mamadinha. Eu não sabia se era verdade ou não.

GÍRIA DA FAVELA: MAMADA OU MAMADINHA
GAROTA QUE PRATICA SEXO ORAL EM TROCA DE DINHEIRO, BEBIDA OU DROGAS.

Ao entrar ela passou o trinco na porta.
- Oi – Disse ela sentando-se de frente pra mim. Como ela estava com uma saia bem curta, podia ver sua calcinha branca minúscula.- Ta fazendo o que ?
-Tava vendo um filme.
- Cadê tua irmã ?
- Ta em casa. – respondi.
- Ta não, entrei e não vi ninguém, tava tudo aberto.
- Então ela deve estar por perto.
Todos os dias ela vinha na minha casa, não podia impedir que ela entrasse, ela era amiga da minha irmã. Só que sempre ela vinha no meu quarto. Primeiro começava com uma conversa de cerca Lourenço e depois começava a se insinuar.
- Olha a calcinha que minha mãe me deu.
Sem que eu esperasse, ela se levantou da cadeira, ficou de pé na minha frente, levantou a saia, ficando de costas pra mim. Foi então que aconteceu algo comigo que nunca acontecera antes, ao ver aquela microcalcinha enfiada naquela bunda maravilhosa, fiquei assustado e excitado, mais o segundo que o primeiro. Apesar da pouca idade, seu corpo era maravilhoso, a bunda, as pernas, tudo lisinho, sem uma celulite ou estria, foi aí que comecei a vê- la diferente.
- Se ajeita Márcia, minha irmã pode chegar a qualquer momento, o que ela vai achar disso. - Falei preocupado.
- Dane-se ela, quem sabe da minha vida sou eu.
- Porque você faz isso comigo Márcia?
- Isso o que?- Perguntou ela cinicamente.
- Ficar se insinuando pra mim?
- Não sei! Gosto de você, sei lá.
- Gosta de mim! Tenho 30 anos, to numa cadeira de rodas, sou feio, não tenho nada pra te oferecer. Procura os moleques da tua faixa de idade.
- Eu não, eles são todos iguais, eles só querem me comer, não tem dinheiro pra nada, não me dão presentes. E se eu fuder contigo, sei que você vai me dar dinheiro e presentes.
- Quem te disse isso?
- Ninguém, quer ver?
- Ver o que?- Perguntei distraidamente.
Ela veio na minha direção, puxou minha bermuda, colocou meu pau para fora e começou a chupa-lo. Meu primeiro desejo foi puxa-la pelos cabelos, para tirar meu pau da boca dela, só que o instinto animal do ser humano foi mais forte, fiz exatamente o contrário, empurrei a cabeça dela para baixo, fazendo com que ela engolisse mais ainda meu pau, para aumentar o meu prazer, encostei na cama e fiquei usufruindo do boquete, daquela boquinha de veludo. Gozei na boca dela.
Ela se levantou e foi ao meu banheiro lavar a boca. Sentou novamente perto de mim, com a cara mais deslavada do mundo, com um sorrisinho maroto e safado.
- Viu o que eu faço com a boca! Imagina com a buceta? Gostou?
- Gostar eu gostei. Só que isso não ta certo, você é uma criança, eu tenho idade para ser seu pai. E se tua mãe descobrir?
- Ela só vai descobrir se você contar. Vai fazer isso?
- Claro que não.
- Tem um baile que eu quero ir hoje, compra um ingresso pra mim?
- quanto é?
- Preciso de oito reais.
Abri a carteira e dei vinte reais para ela.
- Eu não disse. – falou enquanto pegava o dinheiro da minha mão.
- Disse o que?
- Que você ia me dar dinheiro.
Eu não respondi nada. Notei que ela não era boba. Fiquei na minha.
- Brevemente vamos fazer outras coisas deliciosas.
Ela saiu do meu quarto com um sorriso no rosto.
Caralho! Que merda que eu fiz. Pensei. Deitei na cama e durante alguns minutos fiquei pensando no acontecido. Foda-se, não fiz nada a força. Acabei dormindo.
Durante três dias não nos encontramos. Numa quinta feira, estava voltando do trabalho, que era perto de casa, há vi jogando queimado, com um monte de moças e rapazes da idade dela. Ela estava com um shortinho azul de lycra, bem curtinho e um topzinho amarelo. Ao me ver, ela veio correndo na minha direção .
- Me aguarda hoje, nove horas eu vou lá. – Falou e voltou correndo pro meio dos amigos dela.
Às nove horas em ponto ela bateu na porta do meu quarto.
- Não falei que ia vir. Olha eu aqui!
- Sumiu hein!?
- Sumi nada, tava por aqui mesmo. Quero fuder contigo hoje.
Ela estava cheirosa, podia sentir o perfume dela, isso me enlouquecia, a textura da pele dela, seus contornos, tudo nela me enlouquecia, só estava com um medo, me apaixonar por ela e fuder minha vida toda.
- Você quer complicar a minha vida? Não quer?
- complicar nada, para de ser bobo, aproveita, tu acha que todo cara na cadeira de rodas tem a oportunidade que eu to te dando, de fuder com uma novinha. Tem um monte de coroas querendo me levar para a cama, só que eu não quero eles. Não sei porque quero você. se você quiser que eu vá embora, eu vou. Quer?
- Não. – respondi na hora.
Ela começou a me ajudar a tirar a roupa e depois tirou a dela. Novamente ao ver aquele corpo negro maravilhoso na minha frente, ao ver aquela buceta raspadinha, com apenas um Fiozinho de pelos, esqueci todos os meus medos e quase enlouqueci. Ela pulou em cima de mim, comecei a beija-la, chupar seus seios. Enquanto praticava sexo oral nela, podia ouvir os seus gemidos, gostei e caprichei mais ainda, teve uma hora que ela apertou minha cabeça com as suas pernas, depois transamos.
Porem a foda foi horrível, ela quis transar comigo, como se tivesse transando com um cara normal. Quando acabamos, ela viu no meu rosto que eu não havia aproveitado a transa.
- O que foi? Não gostou?
- Gostei! Só que me machucou, eu não sou que nem os outros caras, você não pode fazer comigo como se eu fosse um cara normal, tenho meus limites, entendeu? Ela veio até a minha direção e me deu um selinho na boca.
- pode deixar, as outras vezes serão melhor.
E foram, cada transa foi ficando melhor que a outra, depois que nossos corpos se acostumaram um com o outro, nunca mais me machuquei.
Ela me ajudou a se vestir, se vestiu e ficou ao meu lado assistindo tv. Ficamos os dois quietos, ela assistindo filme e eu a analisando. Realmente ela era pouco mais que uma criança. A cada risada que ela dava ao ver as palhaçadas de Eddie Murphy, eu podia ver que alguns de seus dentes eram de leite, seus modos ainda eram de menina. Derrepente ela se levantou.
- Onze horas!minha mãe mandou eu entrar ate as onze e quinze. Posso te pedir uma coisa?
- Claro que pode.
- Quero uma calça de “stresse” linda que eu vi numa loja.
- Quanto?- Fui logo perguntando.
- Trinta e cinco reais.
-Sábado eu recebo e te dou. Ta legal.
- Tudo bem, então, posso mandar a mulher da loja separar pra mim a que eu quero.
- Com certeza, assim que eu chegar de trabalho tu passa aqui.
- Brigado. – Ela me deu um selinho e já ia saindo quando eu a chamei.
- Vai voltar amanha?
- Quem sabe. – ela sorriu pra mim. – Venho sim.
Durante três meses nosso relacionamento foi assim, sexo, sexo, sexo. Transávamos, ficávamos vendo televisão, conversando e brincando. Uma noite após ela ir embora, minha irmã veio até o meu quarto.
- O que esta acontecendo entre você e a Márcia?
- Nada somos só amigos.
- Só amigos! Você ficou louco! Ela tem quatorze anos e você trinta e tal, essa merda pode acabar na boca.
- Só bandido que pode comer as novinhas. Além do mais eu não esculacho ela, trato ela na moral, se ela estivesse saindo com bandidos, não estaria comigo.
- Tu acha que ela fode só contigo.
- Claro que não, acha que sou bobo.
- Bobo não. Otário! Ela só quer o teu dinheiro.
- Ta bom, ela me da o que eu quero, eu dou dinheiro pra ela.
- Já vi que não tem jeito, ela ta te dominando. Eu sou amiga dela, lembra que isso é errado.
-Eu sei mana, só que sempre fui só, transava de vez em quando, agora ela vem sempre aqui, entrou na minha vida, deixa eu aproveitar.
Porém com os mais velhos dizem, o pão do pobre cai sempre com a manteiga pra baixo. Do mesmo jeito que ela chegou, sumiu da minha vida. Depois do primeiro mês, resolvi esquece-la, continuei com a minha vidinha, casa, trabalho, cama e pronto. Soube através de minha irmã, que ela estava morando com um cara, num barraco.
Um belo dia ela apareceu em minha casa, nem me cumprimentou, foi logo dizendo.
- Quer transar comigo, to precisando de trinta reais, pode me dar agora.
Minha primeira vontade foi dizer não, quando a vi nua, mudei de idéia, ela estava mais linda ainda. Transamos. O mais legal, foi que ela não esqueceu como fazíamos, foi ótimo. Só que dessa vez não ficamos conversando, nem vemos televisão, ela se vestiu, não disse nada, foi embora.
Sumiu novamente. Só que nesse ínterim, fiquei amigo da irmã dela e surgiu um interesse meu por ela, mais do que amizade. Quando chegava do trabalho, ligava para ela, a chamava para ficar conversando comigo no quarto, falávamos amenidades e eu falava do meu interesse por ela. Dizia para ela esquecer o fato de eu estar numa cadeira de rodas, que podíamos ser felizes, que poderíamos ter uma vida legal juntos, depois de ouvir estas coisas, pedia que ela me desse uma resposta. Só que ela respondia sempre do mesmo jeito.
- Não sei, me da um tempo para eu pensar.
Essa história toda durou cerca de dois meses, eu queria namorar com ela, só que eu queria era algo serio, não como acontecera com Márcia. Na aparência, elas tinham um rosto bem parecido, Márcia era cinco anos mais nova que ela, só que ao contrario de Márcia, não consegui transar com ela. Durante um bom tempo ficamos nesse lenga-lenga. O que aconteceu de legal foi que umas duas ou três vezes depois de uma irmã ir embora, a outra chegava e nós transávamos.
Tudo isso terminou num dia de sábado. cheguei do trabalho que havia sido meio expediente, estava entrando na rua onde as irmãs moravam, na frente da casa, um casal namorava, só de perto que eu pude perceber que era Eliane, a irmã que eu paquerava, com um cara. No exato momento em que eu passava, ela olhou pra mim, nossos olhares se cruzaram, pude ler seus pensamentos:” sinto muito, você é um cara legal, mas esta numa cadeira de rodas, não tenho coragem suficiente pra tentar algo com você”. Eu baixei a cabeça, com um nó no coração, segui meu caminho.
Entrei em casa, tomei um banho, minha irmã perguntou se eu queria comer, disse que não. Deitei na minha cama e fiquei pensando, no que eu e Eliane podíamos ter sido. Triste mesmo eu fiquei quando lembrei que ela era mais uma que eu perdia para um cara normal, me resignei. Afinal de contas quando você apanha sucessivas vezes no mesmo lugar, aquela parte do corpo fica calejada e as pancadas não incomodam tanto, o corpo acostuma.
Estava quase dormindo quando meu amigo Leônidas, me chamou para sair, fomos beber com outros amigos.
Cheguei em casa completamente bêbado, só lembro que a casa estava cheia de gente, eles comemoravam algo que até hoje não sei o que era, cheguei gritando que amava a Eliane e que ela não me amava, entre as pessoas que estavam na festa, Márcia. Antes de desmaiar, lembro que ela segurou meu rosto e me disse algo:
- Vou fazer você esquecer a minha irmã.
Realmente ela conseguiu e conseguiu outra coisa que eu não queria que acontecesse, que tentei evitar de todas as maneiras. Acabei me apaixonando por ela. Minha vida começou a ruir.
Quando saiamos juntos, era horrível, ela conhecia muitos rapazes, da faixa etária dela, ela conversava com eles, eu não agüentava, ficava com tanto ciúme que por pouco não levantava da cadeira. Alias, eu não suportava que nenhum outro homem falasse com ela. As vezes ela me perguntava.
- porque você e assim?
Eu mandava ela se por no meu lugar. Um cara quase vinte anos mais velho que ela, numa cadeira de roda com uma menina linda, como ela. Na minha mente eles queriam toma-la de mim. Passamos a discutir todos os dias quase.
Como ela havia dito, esqueci da irmã dela e me apaixonei tanto por ela, que não conseguia tira-la da minha mente, pensava nela todos os minutos do dia.
Nossa vida era fuder, só que nenhuma relação pode se apoiar somente nisto. Como era de se esperar, de uma relação como esta, não estávamos nos entendendo, ela queria só um namorico e eu muito mais do que isto, tentei de tudo para ficar com ela.
- Poxa cara, vamos ficar juntos, vem morar comigo, com minha aposentadoria e com o que eu ganho no meu outro trabalho, vamos viver numa boa, sei que você e novinha, eu sou mais velho, você vai envelhecer também, eu cuido de você, e você cuida de mim, eu vou viver pra você, não vai te faltar nada, eu falo com sua mãe. Vamos tentar.
- Não sei! Tenho medo.
- Medo de que?
- Não é bem medo, é uma falta de coragem.
- Você gosta de mim?
- Gostar eu gosto, só que eu não te amo como você me ama.
- Isso é de menos, teremos um convívio juntos, o amor vem com o tempo. Vamos tentar?
- Não é a hora! Pra mim ainda não.
Acho que com o tempo, meu amor virou obsessão, porque eu sabia que ele não tinha sustentação, ela podia me abandonar a qualquer momento, como de fato aconteceu. Havíamos acabado de tomar banho e de transar no banheiro, estávamos conversando na varanda da minha casa, quando ela olhou pra mim com uma cara estranha, desconfiei que vinha algo.
- Olha – Começou ela pausadamente – Não da mais, arrumei outra pessoa e nós vamos morar juntos.
Olhei pra ela, meus olhos ficaram cheios de lágrimas. Da minha boca, saiu um Fiozinho de voz.
- O que foi que eu fiz?
- Nada – Disse ela – To gostando desse cara.
- Algum cara já te tratou como eu te trato?
- Não! ninguém nunca me tratou tão bem como você, só que você merece alguém melhor que eu...
- Eu quero você Márcia, ninguém mais me interessa. Porque você entrou na minha vida cara. Eu te amo! Não me deixa!
- Acabou! Você vai arrumar alguém.
Ela se foi.
Fiquei ali parado, chorando. Uma dor imensa tomou conta do meu coração, fiquei até com falta de ar. Não sei quanto tempo permaneci ali chorando. Queria morrer.


Julio Pecly


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